CULTURAS DA CIÊNCIA, 12 FEV 2019

CULTURAS DA CIÊNCIA decorreu a 12 de fevereiro de 2019, tendo sido a sessão de apresentação da experiência da UC “InovPed” Culturas na Produção de Conhecimento em Ciência, um curso conjunto ICBAS e FCUP. Esta UC procura refletir sobre produção de conhecimento científico, para além das divisões disciplinares, tendo captado o interesse de pessoas de formação diversificada, designadamente das áreas de economia, ciências da educação, medicina veterinária, engenharia física, design de comunicação, engenharia zootécnica e ainda biologia.

A sessão reportou sobre essa experiência, do ponto de vista dos docentes envolvidos – Manuel Vilanova, Maria Strecht Almeida e Orfeu Bertolami –, e ainda dos estudantes que a frequentaram, mediante breves apresentações. Falou-se assim de diferentes culturas na origem da ciência económica (José Mendes), do microscópio ótico entre práticas educacionais e representação museológica (Nuno Teles), de relógios, ritmos e ciclos articulando sistemas biológicos com o movimento de rotação da Terra (Alexandra Correia) e ainda de ciência baseada em dados (Tiago Leal). Ao longo do semestre, foram explorados aspetos dinâmicos da produção de conhecimento em ciência a partir de narrativas disciplinares cruzadas e que através de diferentes conceitos e objetos materiais (instrumentos, por exemplo) podem suscitar.

Como resultado desta experiência fica uma plataforma digital de acesso aberto dedicada à produção de conhecimento em ciência e ilustrativa de pontes entre áreas de especialização científica (culturesofscience.up.pt). Partindo de um ensaio inicial baseado num conjunto fotografias de Luís Barbosa que interpretam os conceitos e objetos materiais explorados na UC, esta plataforma estará aberta à contribuição dos estudantes que a frequentaram e de outros interessados nestas questões.

A sessão contou ainda com uma palestra por Ageliki Lefkaditou, curadora de história da medicina no Museu Norueguês de Ciência e Tecnologia. Nessa palestra, Lefkaditou apresentou e discutiu o conteúdo e o processo de desenvolvimento da exposição FOLK – atualmente patente nesse museu – um trabalho que juntou abordagens da museologia, história, filosofia e estudos sociais da biologia e, ainda, a comunicação de ciência, em torno de um tema difícil, a diversidade genética humana.